Eu
sou assim: constante insegurança. Sempre me culpei por não conseguir alcançar
meus objetivos de imediato. Me culpava também por ser lenta, sempre dando
pequenos passos. Esperneava, chorava e gritava aos quatro ventos minha
insatisfação e desapontamento.
Mas...
Pra quê? Pra quem? Porque tudo isso se essa sou eu, assim mesmo, nessa
velocidade, sem pressa? Se as coisas não deram certo hoje, não foi por falta de
competência minha, mas porque, talvez, ainda não seja a hora. Gosto de pensar
que haverá sempre outros dias pra eu fazer tudo acontecer e que Deus está à
frente de tudo.
Minha
vida tem ritmo desacelerado. Gosto de gastar as horas admirando o nada, fazendo
desenhos com traços tortos, escrevendo textos ou fragmentos que deixam a
desejar, olhando pro céu, ou ainda, ouvindo músicas antigas eu que não conhecia
mais que de imediato me identifico de maneira tão intensa como se já estivesse
vivido uma grande história ouvindo-a.
E
de quem é a culpa? De ninguém.
Sou
esse complexo composto das experiências dos meus dias. Nada é por acaso e nem
todos os dias serão de sorrisos, de vitórias, de conquistas e alegrias, é isso que
me deixa tranquila e em paz. Hoje não foi bom, mas amanhã será.
- Iris Eduarda
Imagem via yasminbraz.blogspot.com